DOMINGO VI DO TEMPO COMUM
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 1, 40-45)
Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me». Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo. Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho». Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.
Com os Santos do Carmelo…
Refere São João da Cruz…
«A razão é a seguinte: O amor de Deus é a saúde da alma. Quando não tem um perfeito amor, também não tem uma saúde perfeita; por isso, está doente. A doença não é outra coisa senão a falta de saúde; assim, quando não tem nenhum grau de amor, está morta. No entanto quando tem algum grau de amor de Deus, por mínimo que seja, já está viva, embora muito debilitada e doente por ser pouco o amor. Mas, à medida que o amor for aumentando, mais saúde terá; e quando chegar ao perfeito amor, perfeita será a sua saúde.» (CB 11, 11).
Meditação…
As atitudes que se aprendem com este Evangelho é o de aproximar-se de Jesus com confiança e com um coração humilde pedir-lhe o que mais necessitamos. Jesus veio para nos libertar de tudo aquilo que nos prende e que não nos deixa viver. Com Ele ninguém fica excluído, todos são chamados, todos tem o direito a receber o seu amor. Quando Deus toca, algo se transforma na nossa vida. Os ossos ressequidos se erguem do túmulo, a carne restabelece as suas formas originais, tudo se rejuvenesce com a palavra compadecida «Quero, fica limpo». Como é a nossa relação com este Deus que só deseja o nosso bem? Como é o nosso olhar para com o nosso semelhante? Jesus ensina-nos a olhar com compaixão a muitos que no mundo são marginalizados. Procuremos nesta Quaresma que se aproxima ter um coração misericordioso, confiante e humilde, não só para pedir por nós, mas por aqueles que ninguém se lembra, que ninguém reza, que ninguém olha.
Frei David, Ocd